Santa Luzia, como inúmeras cidades brasileiras, não está isenta de ter a política permeada de anedotas e de ter suas lideranças identificadas por apelidos pitorescos como a “baraúna”, a “soda preta” ou o “biscoitão” . As campanhas já foram muito animadas porque, em meio a tensão da disputa pelo voto, as atividades também tinham seu lado cômico. Os arrastões realizados no sábado de manhã na feira, os comícios com bons oradores, cantadores de viola que se apresentavam com motes que insultavam o candidato. Quem não se lembra das charangas? Os mais jovens como eu não presenciaram períodos em que se arrastava troncos de baraúna pela cidade; em que se comia soda ou que se distribuía biscoito nas passeatas. A questão da subida da rampa do hospital que remonta ao tempo em que havia um prefeito chamado dr. Ney. A famosa passeata da mentira. A comparação dos arrastões e a contagem dos carros na carreata. Cada um desses elementos simbólicos indicava a filiação ideológico-partidária e