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Dilma protesta contra parcialidade da folha de São Paulo

A candidata Dilma Rousseff protestou contra a postura “parcial” adotada pelo jornal Folha de S. Paulo numa matéria publicada na edição de hoje. A publicação deixou de informar que Dilma teve todas as suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), quando foi secretária do governo estadual.


Ela falou sobre o tema durante uma visita ao bairro Alcântara, em São Gonçalo (RJ). Dilma tomou café na Lanchonete Dom Nato com o governador Sérgio Cabral e alguns candidatos ao Senado e à Câmara dos Deputados.

O jornal tenta estabelecer uma relação entre a empresa Meta Instituto de Pesquisa e Dilma, porém não apresenta qualquer prova e não informa que as contas foram todas aprovadas. A Folha ainda usa pareceres do TCE sem citar qual foi a decisão final do tribunal, que foi pela aprovação total das contas geridas pela petista.

“Eu quero fazer um protesto veemente contra a parcialidade do jornal Folha de S. Paulo", afirmou. "Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Esta informação não está na matéria. Chega ao ponto de me acusar de eu ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009. É a única acusação de futuro que já vi na vida."

Dilma contou que a contratação da Meta foi por tomada de preços e leu um trecho do parecer do Ministério Público no processo que foi analisado pelo TCE, demonstrando que ela não podia ser responsabilizada pela falta de funcionários na Secretaria de Energia do estado.

“Em algum momento da matéria ficou claro para vocês que eu tive as contas aprovadas? Não. Esta informação, extremamente relevante, foi ocultada. A matéria é parcial e de má fé", disse Dilma.

A candidata lamentou que o jornal tenha agido de má fé ao abordar o tema. “Me acusar porque em 2009 a Secom [Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República] contratou a Meta é de fato um absurdo. É prova absoluta de má fé.”



Segue abaixo a transcrição na íntegra da fala de Dilma:

Eu quero fazer um protesto veemente contra a parcialidade do jornal Folha de S. Paulo. Eu fui julgada em todos os anos, vou dizer precisamente quais anos, pelo TCE: 93, 94, 95, 2000, 2001, 2002. Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Esta informação não está na matéria. Chega ao ponto de me acusar de eu ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009. É a única acusação de futuro que já vi na vida. Ou seja, a minha responsabilidade é porque 10 anos depois fizeram um contrato com a empresa. Que história é essa?

Em algum momento da matéria ficou claro para vocês que eu tive as contas aprovadas? Não. Esta informação, extremamente relevante, foi ocultada. A matéria é parcial e de má fé. Além disso, eu cheguei na Secretaria de Energia do Rio Grande do Sul e tinha dois funcionários concursados. Não se faz uma secretaria com dois funcionários concursados.

O parecer do Ministério Público [diz]: ´considerando que a situação em tela se trata de deficiência de ordem estrutural, que perdura de longa data, e as procedentes manifestações da senhora Dilma Vana Rousseff, somos da opinião que a mesma não pode ser responsabilizada´.

O voto do pleno do tribunal é pela aprovação das minhas contas.

Eu gostaria de saber onde está isso escrito nessa matéria? Onde essa matéria parcial, enviesada, colocou que as minhas contas foram aprovadas? Todas [as contas foram aprovadas]. Eu nunca tive uma conta rejeitada.

Me acusar? Sabe o que era a pesquisa da Meta [empresa de consultoria]? Sobre emprego e desemprego. Porque na época [a fundação] Seade/Dieese de São Paulo tinha feito uma apuração de emprego e desemprego. Contratamos por tomada de preço a empresa Meta.

Me acusar porque em 2009 a Secom [Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República] contratou a Meta é de fato um absurdo. É prova absoluta de má fé. Pergunto outra vez: onde está na matéria que minhas contas foram aprovadas? Em que parte da matéria está isso?

No meu blog eu vou colocar todas as manifestações do tribunal para evitar essa distorção escandalosa cometida contra mim pelo jornal Folha de S. Paulo.

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