Pular para o conteúdo principal

Aceitação de cargo por Severino Olegário não é a postura do PT

José Aderivaldo
Não sei se o PT de Santa Luzia vai se pronunciar oficialmente acerca da notícia que foi veiculada na noite desta quinta de que o Severino Olegário foi nomeado como Secretário de Produção Rural na atual gestão. Todavia, antes que comecem as especulações sobre a posição política do PT em Santa Luzia e que o fato noticiado hoje seja usado para deslegitimar o PT, quero aqui emitir a minha postura individual de filiado ao Partido há dez anos. A questão é: a aceitação do cargo pelo companheiro Severino é, claramente, um ato de infidelidade partidária que precisa de reparo.

Trata-se de uma decisão particular, individual e de responsabilidade do próprio Severino e que teve suas consequencias uma das quais foi o afastamento temporário do PT. Trata-se, também, de um ato de infidelidade partidária que eu, na condição de filiado há uma década, de filho do fundador do PT em Santa Luzia, só posso considerar, no mínimo, equivocada. Respeito o Severino, no entanto, o PT deve deixar bem claro à sociedade santaluziense que esta não é uma escolha do partido. Aliás, reafiormamos no último dia dez de junho a nossa condição de partido de oposição.

Em política não existe caminho mais fácil ou caminho difícil a se seguir, mas apenas o caminho que deve ser seguido. E, neste caso, o caminho não é promover alianças espúrias a troco de medidas que são claramente estratégias para cooptação de votos e de apoios.O lugar do PT é junto daqueles que não se sentem representados pelo atual grupo, daqueles sonham o pleno desenvolvimento de Santa Luzia através da implantação de uma infraestrutura geradora de empregos capaz de dinamizar a economia local.

A atitude do nosso companheiro foi precipitada e não contribui para o projeto de melhoria da nossa cidade, apenas coopera com o projeto de dominação e sua manutenção. É como penso...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sua bisavó foi pega a dente de cachorro? Presença indígena na história de Santa Luzia

Rommeryto em aula de Campo na Cacimba da Velha Não foi de poucas pessoas que ouvi a expressão: “minha bisavó foi pega a dente de cachorro”. Se trata de mais uma das características que fazem parte da memória coletiva ou do imaginário do povo de Santa Luzia. Essa expressão, assim como palavras como Yayu, Tapuio, Quipauá são evidências de um passado marcado pela existência de nações indígenas no território que hoje é o nosso município. O historiador santaluziense Rommeryto Augusto fez um brilhante estudo que teve como objetivo: “identificar a ocorrência de povoamento indígena na região conhecida como Vale do Sabugy no período do pós-contato (séculos XVII e XVIII), e sua participação na história e na sociedade destas terras cortadas pelos rios Sabugy e Capauá após a interiorização da colonização” (MORAIS, 2011:9). Segundo o autor, a inquietação sobre a existência de povos indígenas em Santa Luzia vem desde a sua infância e perpassou o tempo tornando-se o objeto de seu trabalho

Saída de padre Alex de Santa Luzia repercute nas redes sociais

Centenas de atividades nas redes sociais sobre a saída do Padre Alex Alexandre da Costa Cabral da paróquia de Santa Luzia foram registradas nesta sexta feira (02). Durante missa celebrada  na manhã de hoje o padre tornou evidente a sua saída de Santa Luzia. Durante a homilia o padre fez diversas referências às mudanças que passamos durante a vida e as esperanças que devemos ter diante das situações de desespero, de dor. "Se tirarem os sonhos e os ideais o que restará ao homem?" Questionou o padre ao falar sobre as atitudes que devemos tomar diante das atribulações da vida. Ele fez prestação de contas dos mais de R$ 92.000,00 aplicados na compra das estruturas para as três novas igrejas e anunciou a aquisição também de estruturas para construção de um ginásio poliesportivo no terreno ao lado da igreja do Rosário. "Tudo está pago. Não estamos devendo a ninguém. Estou feliz e de consciência tranquila" destacou o padre ao falar sobre o projeto uma igreja em cad

Monólogo do Açude Novo

Construção do Açude de Santa Luzia PB  Mário Ferreira, figura muito importante que guarda a memória dos grandes momentos de Santa Luzia, compartilhou um texto que ele encontrou com o título de Monólogo do Açude Novo de autor não identificado, mas que foi escrito aos 50 anos de construção do manancial. Trata-se de um texto antigo, mas importante e que agora faremos conhecer : "Sou o velho Açude Novo. Filho do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas), que é filho de José Américo de Almeida. Filho de planejamento; porque filho mesmo eu sou do sertanejo e da natureza que, num jogo de amor estranho, me deram origem. Aqui, a natureza arrependida de castigar o sertanejo, confabulou com ele num idílio comovente que chorava. E nas lágrimas, vertidas na forma de suor humano, surgiram as primeiras células do conteúdo líquido que é o meu ser. E essas lágrimas tépidas, caídas à custa de trabalho pesado, tocaram o céu que se enterneceu e lavou as encostas da Borborema.