Pular para o conteúdo principal

Sessão dos vereadores foi bastante polêmica esse fim de semana

Os vereadores de Santa Luzia tiveram sessão ordinária na última quinta feira, dia 20 de outubro. A reunião foi marcada por um caloroso debate entre oposição e situação, sobretudo, no que se refere ao projeto de lei PL 030/11 do Executivo que cria o 14º salário para o magistério municipal. Os vereadores aprovaram por unanimidade, mas protestaram contra a manobra de marketing.

Os vereadores da situação enalteceram bastante a administração do atual prefeito que estava criando o 14º salário para os professores, afirmação que provocou reação dos vereadores oposicionistas. 

Para o vereador Bivar Duda (PT)  o 14º salário só é possivel porque o município já recebeu 1,5 milhão do governo  federal para alicar no FUNDEB.

"Se os professores estão recebendo este valor, com o nome de 14º, é porque eles deixaram de receber alguma coisa ao longo do ano. Fizeram uma economia forçada daquilo que é direito de todos: o pagamento integral dos recursos do FUNDEB destinados ao salário do magistério." disse o petista ao nosso blog.

A polêmica ganhou maiores contornos quando o vereador Jackson Santos (PMDB) afirmou que os vereadores estavam aprovando uma lei que já existia, mas com outro nome: rateio. 

"nós aprovamos uma lei que já existe só que com outro nome: o rateio. Já está definido na própria lei que cria o FUNDEB que se o pagamento do salário do magistério não atingir o teto mínimo estabelecido, o município pode ratear os recursos que sobram entre os professores.  Se o prefeito quer, realmente, pagar o 14º salário então ele deve enviar outro projeto para câmara definindo que deste ano em diante todos os professores vão ficar recebendo. Agora mandar um projeto para câmara dando aos recursos que sobraram do pagamento dos professores o nome de 14º isso é querer brincar com a inteligência das pessoas"



Já o vereador Hominho(PMDB) disse ao nosso blog que foi uma manobra bem feita para conquistar a simpatia dos professores da rede municipal.

ENTENDA COMO FUNCIONA O PAGAMENTO DE ABONO OU RATEIO


Segundo a lei do FUNDEB o prefeito tem que investir 60% de todas as receitas com o pagamento do magistério. Quando a folha de pagamento não chegou a estes percentuais o prefeito pode pagar, na forma de abono, uma remuneração correspondente à divisão do valor sobrante entre os professores. 

Vamos imaginar que uma prefeitura receba 100.000 de FUNDEB, pela lei, ela é obrigada a pagar 60.000. Digamos que ela pague 56.000 o que acontece? os 4.000 restantes devem ser distribuídos com o magistério que está em exercício.


O PAGAMENTO DE ABONO OU RATEIO É EVENTUAL  E NÃO PODE SER UMA ROTINA

Para aqueles que estão pretendendo fazer compras a longo prazo pensando que vão receber 14º em 2012, 2013 ai vai a recomendação: não façam. O abono que está sendo pago em 2011 pode não existir mais em 2012 tendo em vista que o seu pagamento depende de como a prefeitura vai planejar a execução no próximo ano.

Para conhecer melhor o FUNDEB clique aqui e leia.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sua bisavó foi pega a dente de cachorro? Presença indígena na história de Santa Luzia

Rommeryto em aula de Campo na Cacimba da Velha Não foi de poucas pessoas que ouvi a expressão: “minha bisavó foi pega a dente de cachorro”. Se trata de mais uma das características que fazem parte da memória coletiva ou do imaginário do povo de Santa Luzia. Essa expressão, assim como palavras como Yayu, Tapuio, Quipauá são evidências de um passado marcado pela existência de nações indígenas no território que hoje é o nosso município. O historiador santaluziense Rommeryto Augusto fez um brilhante estudo que teve como objetivo: “identificar a ocorrência de povoamento indígena na região conhecida como Vale do Sabugy no período do pós-contato (séculos XVII e XVIII), e sua participação na história e na sociedade destas terras cortadas pelos rios Sabugy e Capauá após a interiorização da colonização” (MORAIS, 2011:9). Segundo o autor, a inquietação sobre a existência de povos indígenas em Santa Luzia vem desde a sua infância e perpassou o tempo tornando-se o objeto de seu trabalho

Saída de padre Alex de Santa Luzia repercute nas redes sociais

Centenas de atividades nas redes sociais sobre a saída do Padre Alex Alexandre da Costa Cabral da paróquia de Santa Luzia foram registradas nesta sexta feira (02). Durante missa celebrada  na manhã de hoje o padre tornou evidente a sua saída de Santa Luzia. Durante a homilia o padre fez diversas referências às mudanças que passamos durante a vida e as esperanças que devemos ter diante das situações de desespero, de dor. "Se tirarem os sonhos e os ideais o que restará ao homem?" Questionou o padre ao falar sobre as atitudes que devemos tomar diante das atribulações da vida. Ele fez prestação de contas dos mais de R$ 92.000,00 aplicados na compra das estruturas para as três novas igrejas e anunciou a aquisição também de estruturas para construção de um ginásio poliesportivo no terreno ao lado da igreja do Rosário. "Tudo está pago. Não estamos devendo a ninguém. Estou feliz e de consciência tranquila" destacou o padre ao falar sobre o projeto uma igreja em cad

Monólogo do Açude Novo

Construção do Açude de Santa Luzia PB  Mário Ferreira, figura muito importante que guarda a memória dos grandes momentos de Santa Luzia, compartilhou um texto que ele encontrou com o título de Monólogo do Açude Novo de autor não identificado, mas que foi escrito aos 50 anos de construção do manancial. Trata-se de um texto antigo, mas importante e que agora faremos conhecer : "Sou o velho Açude Novo. Filho do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas), que é filho de José Américo de Almeida. Filho de planejamento; porque filho mesmo eu sou do sertanejo e da natureza que, num jogo de amor estranho, me deram origem. Aqui, a natureza arrependida de castigar o sertanejo, confabulou com ele num idílio comovente que chorava. E nas lágrimas, vertidas na forma de suor humano, surgiram as primeiras células do conteúdo líquido que é o meu ser. E essas lágrimas tépidas, caídas à custa de trabalho pesado, tocaram o céu que se enterneceu e lavou as encostas da Borborema.