Pular para o conteúdo principal

Demanda por intervenção na infestação das muriçocas continua

Quando a noite mal dormida é consequência de problemas físicos, a exemplo de apinéia do sono, o problema é individual e a solução também. Agora, quando se dorme mal em razão de pragas a exemplo das muriçocas e pernilongos, neste caso, o poder público e o conjunto dos cidadãos têm responsabilidade. Não existem culpados pelo aumento da temperatura e da umidade (condição para o pleno desenvolvimento das muriçocas). 

O problema está no lixo aglomerado, água retida em verdadeiras lagoas. Acabar com estas condições favoráveis ao mosquito, além de medidas de pulverização, são próprias do poder público municipal. A nós cidadãos cabe não jogar lixo nas ruas, tomar cuidado com a água parada e fiscalizar a execução de medidas por parte do poder público. Santa Luzia não é a única cidade que passa por esse problema, no entanto, o diferencial está na forma como cada município trata da questão. Segue exemplo de Caruaru.


Combate à muriçoca aumenta em Caruaru
5 mar 2012

A luta contra a muriçoca continua em Caruaru. Mais de quarenta localidades são beneficiadas mensalmente com o trabalho de controle da praga, que pretende garantir mais saúde, bem-estar e qualidade de vida aos caruaruenses. Uma equipe com mais de 100 trabalhadores atuam no combate a muriçoca, sendo 51 pessoas contratadas para limpeza do rio Ipojuca, canais e riachos da cidade, além de 54 agentes de endemias na aplicação de larvicida.

A empresa Construtora Cezária é a responsável em administrar a equipe de limpeza. Vinte e cinco funcionários trabalham, exclusivamente, no percurso do Rio Ipojuca fazendo a retirada de lixo e das baronesas, planta aquática que servem de criadouro de muriçocas.

Três trabalhadores, permanentemente, realizam a retirada de lixo nos pontos mais críticos do rio que ficam na Ponte Irmã Jerônima, Ponte Nova – Elias de Oliveira – e passagem molhada da Saldanha da Gama. No Canal do Salgado, por exemplo, dois homens trabalham, diariamente, na capinação e retirada de lixo.

De acordo com Edinilson Patriota, Diretor do Departamento de Vetores, o trabalho de limpeza do Ipojuca iniciou em novembro do ano passado. “Foram retiradas as vegetações aquáticas, iniciando na barragem do Sousa (Pinheirópolis) até a ponte do Anel Viário no bairro Rendeiras. Paralelo a isso, foi feita a capinação das margens do rio e retirada do lixo na ponte da BR-104 e nos bairros Jardim Liberdade, Petrópolis e São Francisco”, explicou.

O trabalho de capinação e retirada de lixo também foram realizados nos riachos que ficam na Pitombeira, Mocós e nos bairros Santa Rosa e Maurício de Nassau. Os próximos riachos a serem limpos pela equipe, nos meses de março e abril deste ano, estão localizados no bairro José Liberato e a Sementeira que fica ao lado do Parque Ecológico.

PROGRAMA DO CULEX – O Departamento de Vetores desenvolve, mensalmente, o Programa do Culex que atua em oito zonas no combate à muriçoca. Cada zona é composta por dez bairros. São utilizados 36 agentes de endemias nesse trabalho, tendo um coordenador, um auxiliar administrativo e nove supervisores. Cerca de trezentos litros de larvicida foram utilizados nos últimos quatro meses.

FUMACÊ – O carro fumacê também contribui no controle ao Culex, reforçando as ações, principalmente nas localidades de grandes focos de muriçoca. Mais de cinco mil litros de óleo mineral, cerca de cem litros de inseticida são utilizados, mensalmente, por uma equipe de 25 homens e seis viaturas, na zona urbana e rural.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sua bisavó foi pega a dente de cachorro? Presença indígena na história de Santa Luzia

Rommeryto em aula de Campo na Cacimba da Velha Não foi de poucas pessoas que ouvi a expressão: “minha bisavó foi pega a dente de cachorro”. Se trata de mais uma das características que fazem parte da memória coletiva ou do imaginário do povo de Santa Luzia. Essa expressão, assim como palavras como Yayu, Tapuio, Quipauá são evidências de um passado marcado pela existência de nações indígenas no território que hoje é o nosso município. O historiador santaluziense Rommeryto Augusto fez um brilhante estudo que teve como objetivo: “identificar a ocorrência de povoamento indígena na região conhecida como Vale do Sabugy no período do pós-contato (séculos XVII e XVIII), e sua participação na história e na sociedade destas terras cortadas pelos rios Sabugy e Capauá após a interiorização da colonização” (MORAIS, 2011:9). Segundo o autor, a inquietação sobre a existência de povos indígenas em Santa Luzia vem desde a sua infância e perpassou o tempo tornando-se o objeto de seu trabalho

Saída de padre Alex de Santa Luzia repercute nas redes sociais

Centenas de atividades nas redes sociais sobre a saída do Padre Alex Alexandre da Costa Cabral da paróquia de Santa Luzia foram registradas nesta sexta feira (02). Durante missa celebrada  na manhã de hoje o padre tornou evidente a sua saída de Santa Luzia. Durante a homilia o padre fez diversas referências às mudanças que passamos durante a vida e as esperanças que devemos ter diante das situações de desespero, de dor. "Se tirarem os sonhos e os ideais o que restará ao homem?" Questionou o padre ao falar sobre as atitudes que devemos tomar diante das atribulações da vida. Ele fez prestação de contas dos mais de R$ 92.000,00 aplicados na compra das estruturas para as três novas igrejas e anunciou a aquisição também de estruturas para construção de um ginásio poliesportivo no terreno ao lado da igreja do Rosário. "Tudo está pago. Não estamos devendo a ninguém. Estou feliz e de consciência tranquila" destacou o padre ao falar sobre o projeto uma igreja em cad

Monólogo do Açude Novo

Construção do Açude de Santa Luzia PB  Mário Ferreira, figura muito importante que guarda a memória dos grandes momentos de Santa Luzia, compartilhou um texto que ele encontrou com o título de Monólogo do Açude Novo de autor não identificado, mas que foi escrito aos 50 anos de construção do manancial. Trata-se de um texto antigo, mas importante e que agora faremos conhecer : "Sou o velho Açude Novo. Filho do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas), que é filho de José Américo de Almeida. Filho de planejamento; porque filho mesmo eu sou do sertanejo e da natureza que, num jogo de amor estranho, me deram origem. Aqui, a natureza arrependida de castigar o sertanejo, confabulou com ele num idílio comovente que chorava. E nas lágrimas, vertidas na forma de suor humano, surgiram as primeiras células do conteúdo líquido que é o meu ser. E essas lágrimas tépidas, caídas à custa de trabalho pesado, tocaram o céu que se enterneceu e lavou as encostas da Borborema.