Pular para o conteúdo principal

Morre Céu da Louceiras

Faleceu, neste domingo, Maria do Céu que era líder da Comunidade Quilombola do Talhado em Santa Luzia. O assassino foi o seu companheiro que, no último dia 27 de setembro, ateou fogo no corpo de Maria do Céu.

Céu estava internada na UTI  do Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga na cidade de Campina Grande. Com mais de 70% do corpo queimado, Céu não resistiu e faleceu deixando três filhos e toda uma história de luta pelo reconhecimento dos direitos da comunidade quilombola.

Neste momento, a família está providenciando a liberação do corpo e o velório. Ainda não se confirmou a hora do sepultamento de Céu que deve ocorrer amanhã.

Comentários

  1. É com tristeza e indignação que recebemos a notícia do assassinato da nossa querida amiga e histórica companheira da luta Maria do Céu - liderança do kilombo da serra do talhado rural e presidente da Associação das Louceiras, do kilombo do talhado urbano, no município de Santa Luzia, na Paraíba. Nós, do movimento negro brasileiro, em especial da Malungus - Organização Negra da Paraíba; da Coordenação Nacional de Entidades Negras - CONEN; do Congresso Nacional de Negros e Negras do Brasil - CONNEB, compartilhamos o sentimento de pesar junto a sua família, amigos e companheiros. Que o espirito santo continue a lhe iluminar e apelamos para que fato como esse não mais ocorra na sociedade. p/ Carlos Henriques

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado por sua contribuição! Em breve postaremos o seu comentário.

Postagens mais visitadas deste blog

Sua bisavó foi pega a dente de cachorro? Presença indígena na história de Santa Luzia

Rommeryto em aula de Campo na Cacimba da Velha Não foi de poucas pessoas que ouvi a expressão: “minha bisavó foi pega a dente de cachorro”. Se trata de mais uma das características que fazem parte da memória coletiva ou do imaginário do povo de Santa Luzia. Essa expressão, assim como palavras como Yayu, Tapuio, Quipauá são evidências de um passado marcado pela existência de nações indígenas no território que hoje é o nosso município. O historiador santaluziense Rommeryto Augusto fez um brilhante estudo que teve como objetivo: “identificar a ocorrência de povoamento indígena na região conhecida como Vale do Sabugy no período do pós-contato (séculos XVII e XVIII), e sua participação na história e na sociedade destas terras cortadas pelos rios Sabugy e Capauá após a interiorização da colonização” (MORAIS, 2011:9). Segundo o autor, a inquietação sobre a existência de povos indígenas em Santa Luzia vem desde a sua infância e perpassou o tempo tornando-se o objeto de seu trabalho ...

Últimos dias de inscrição no Prêmio Professora Aristana de Brito Guerra. Veja como participar:

Estão chegando ao fim as inscrições para a 2ª Edição do concurso de vídeos Prêmio Professora Aristana de Brito Guerra. Os interessados e interessadas em participar têm até o dia 07 de julho de 2018 para gravarem seus vídeos de até  2 minutos, postarem no YouTube e preencherem o formulário de inscrição no site www.eueminhaescola.com .  Este ano os vídeos devem abordar o tema " as águas de minha terra " e podem ser produzidos por alunos e alunas de escolas públicas e privadas de todas as cidades do Vale do Sabugi com  a ajuda de seus professores.   A Comissão lembra que já há vídeos inscritos e que é da responsabilidade dos seus autores o compartilhamento deles nas redes sociais. "Os autores precisam lembrar que o número de visualizações do vídeo no YouTube será utilizado como parte da nota final e, por isso, é preciso estimular os internautas a assistirem as produções. Quando mais plays, mais chance de vencer", destacou professor José Aderivald...

Monólogo do Açude Novo

Construção do Açude de Santa Luzia PB  Mário Ferreira, figura muito importante que guarda a memória dos grandes momentos de Santa Luzia, compartilhou um texto que ele encontrou com o título de Monólogo do Açude Novo de autor não identificado, mas que foi escrito aos 50 anos de construção do manancial. Trata-se de um texto antigo, mas importante e que agora faremos conhecer : "Sou o velho Açude Novo. Filho do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas), que é filho de José Américo de Almeida. Filho de planejamento; porque filho mesmo eu sou do sertanejo e da natureza que, num jogo de amor estranho, me deram origem. Aqui, a natureza arrependida de castigar o sertanejo, confabulou com ele num idílio comovente que chorava. E nas lágrimas, vertidas na forma de suor humano, surgiram as primeiras células do conteúdo líquido que é o meu ser. E essas lágrimas tépidas, caídas à custa de trabalho pesado, tocaram o céu que se enterneceu e lavou as encostas da Borborema. ...