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Situação embaraçosa entre o governador e a reitora da UEPB

A reitora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Marlene Alves (Foto), se mostrou indignada com a atitude do governador Ricardo Coutinho (PSB) que diminuiu o repasse do duodécimo para a entidade. Ela disse que a lei de autonomia da UEPB foi rasgada pelo governador e toda a atividade da instituição está comprometida.

Ela citou como exemplo de prejuízo para a Academia, a extinção do primeiro curso de doutorado em Etnobiologia e Conservação da Natureza da America Latina que seria realizada pela UEPB em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco e com a URCA. “Pela primeira vez desde 2003, os servidores não terão reajuste na data base que é janeiro, por que não temos condições”, desabafou.

A professora Marlene lembrou ainda que em 2011, assim como todos os demais Poderes, a UEPB atendeu ao pedido do governador e abriu mão de parte do duodécimo, mas o governo quebrou o pacto. “Somente em 2011 a UEPB deixou de receber R$ 62 milhões do seu duodécimo”. De acordo com ela, a situação da Universidade voltou a ser pior que em 2003, quando quem decide quanto, como e quando a UEPB vai receber o seu duodécimo é um governante.

A reitora destacou que a Universidade não vai deixar de lutar para não perder esse direito (autonomia). “Sou reitora, mas não deixei de ser professora e nós conquistamos a autonomia nas ruas. Vou acionar todos os conselhos superiores, toda comunidade para lutarmos de forma política, na Justiça ou qualquer fórum, por que quem está perdendo é a Paraíba”, enfatizou.

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