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Eu, sertanejo que sou

Aquele que vive no sertão!


Todo sertanejo ver no amanhecer a esperança de dias melhores e no pôr-do-sol a tristeza de permanecer no mesmo lugar que nasceu. Eles caminham sem nem ter aonde chegar, mas caminham... As pessoas humildes que compõem o nosso sertão são a mais bela forma de dizer: "sobreviverei, pois tenho no sangue a força necessária e em Deus a fé que preciso".
Quando desço a serra de Santa Luzia-PB e começo ver a torre da Matriz, percebo o quanto sou sertanejo, pois todos os cabelos do corpo ficam em alerta e vem a sensação de estar no lugar que me gerou.
"Minha querida Santa Luzia", minha Veneza paraibana que por muitos é desprezada e por mais alguns valorizada e defendida com unhas e dentes. Terra de homens inteligentes, mulheres bonitas e um povo de fé encantadora. Minha Santa Luzia de temperatura geralmente acima de 30ºc , de ruas largas e grandes praças, de negros quilombolas, vaqueiros de coragem e louceiras de arte, Santa Luzia do melhor arrasta pé do Brasil.
Hoje sou feliz de ver Santa Luzia com outros olhos... Continuo o mesmo critico e observador, e por isso, jamais deixarei de observar com carinho suas especificidades e tratamentos que são maquiados por quem saber fazer isso com autoridade, mas cuidado "maquiadores", hoje existe vários tipos de removedor de corretivos. Convido vocês santaluzienses que ama essa terra para se fazer presente sempre que puder e com esse exercício perceber o que realmente a Veneza precisa.
Rogo a Padroeira dessa cidade a luz necessária para iluminar nossos olhos, que ela interceda a Deus à sabedoria suficiente para prestarmos o trabalho de defender como podemos o que sempre amamos, nossa Cidade Santa Luzia. Precisamos enxergar mais além do que está posto para a visualização.
Texto de  Jânio Elpídio de Medeiros.

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