Nem a oposição cresceu e nem a situação diminuiu e, o contrário também é verdade, nem a oposição diminuiu e nem a situação cresceu: eleitorado de situação e oposição em Santa Luzia permanece engessado sem alterações significativas. Esta é a minha tese sobre a trajetória dos partidos e blocos políticos da nossa querida cidade.
Historicamente, vemos que tanto a população quanto os candidatos se decepcionaram com dados estatísticos e caem em completa euforia num momento para desiludir-se em outro. Recordo-me, muito bem, na eleição de 2008 quando se dizia que Ademir Morais teria 2.000 votos de maioria em relação ao seu opositor Francisco Seraphico (Chicão). Como erraram as projeções! A situação baixou guarda e foi surpreendida com uma diferença de 539 votos. Antes disso, o saudoso Antônio Ivo concorreu com Dr. Heuder Liberalino (Heudinho) e, seus aliados, tinham vitória quase que pelo dobro dos votos. Outro erro, oposição mostrou força e o seu desempenho foi melhor do que se dizia.
Mas, vamos relembrar os números das últimas eleições. Os dados são do próprio TSE e cada cidadão pode acessar em www.tse.jus.br:
ELEIÇÃO DE 1996
Perceba que o cenário trouxe a particularidade de haver três candidatos. O resultado foi apertadíssimo e, se tivesse havido coligação seria possível reverter o cenário em favor da oposição. Contudo, o contexto da época não permitia uma aliança com o PMDB por questões programáticas que orientavamo PT. Mas, o fato é que o principal candidato da oposição, Chicão, teve (dos votos válidos) 3.815 enquanto Dra. Rosa teve 189 e Umberto logrou 4.005 votos. Em termos percentuais foi o seguinte:
ELEIÇÃO 2000
A oposição, nesse novo contexto, está toda unida em torno de candidatura única representada por Dr. Antônio Ivo e a situação coloca o seu principal nome do momento Itó Morais. Em números absolutos:
Em termos absolutos, tivemos uma diferença entre ITÓ e ANTONIO IVO de 594 votos. Apertadíssima? Os dois nomes mais carismáticos da política santaluziense haveriam feito uma grande eleição. Diríamos que a oposição teria crescido em 2000? Não. Houve apenas um remanejamento de votos e a manutenção do velho índice. Veja o gráfico:
Tivemos eleições em 2002 em decorrência da morte do prefeito ITO Morais. Naquele ano Ademir Morais concorreu com Bivar Duda. Dada a excepcionalidade do fato, desconsideraremos na análise. Basta afirmar que a morte do Itó provocou uma modificação no arranjo político local de modo que, Antônio Ivo de Medeiros, deixa o PMDB e a condição de oposição para candidatar-se à prefeito com apoio do grupo Morais. Neste sentido, diríamos que ele passa à situação. O grupo hegemônico ganha mais um jogador forte, o carismático e querido "Biscoitão". A oposição foi aniquilada? Não. Apenas uma nova acomodação do arranjo político de modo que a oposição apresenta seu candidato, Dr. Heudinho. E assim tivemos como resultado:
Em termos da votação nominal tivemos uma maioria de 1.141 votos. Isso assusta!Seria o fim da oposição se, em termos globais e de acordo com os percentuais, essa diferença não significasse nada além de:
A última eleição, como dissemos, estava pautada por um clima de já ganhou por parte da situação. Por um lado, pelos 1.141 votos que Ivo teve de maioria e, em parte, porque a oposição demorou muito a oficializar a canditura. Porém, o resultado foi assustador para situação:
Em números absolutos, a maioria de Ademir Morais foi de 539 votos. Apertado? Veja os percentuais:
52 a 47% dos votos válidos. A eleição reproduz o índice histórico.
O que queremos com a apresentação desses números? Pretendemos desmistificar determinadas idéias como a de que a oposição está encolhendo e de que a situação tem a sua hegemonia inabalável. Não é isso que os dados dizem. O que eles dizem é que tanto os eleitores da oposição estão concentrados e inalterados como os da situação. O cenário é estacionário, como tudo em Santa Luzia, aliás. Apresento esses dados em um momento em que, para os membros da situação, o clima é o de vitória fácil de Ademir Morais ano que vem. Essa é uma antecipação perigosa.
QUAL SERÁ O DIFERENCIAL ANO QUE VEM?
O que será e o que sempre foi o diferencial, em primeiro lugar, é o comparecimento dos eleitores à votação. Não trouxemos os dados da abstenção, mas históricamente ela é alta. O candidato que for capaz de levar esse povo Às urnas será capaz de aumentar em, pelo menos, 5% a sua votação. Para oposição isso é a chance de vitória, se considerarmos que as maiorias giram em torno de 3% nos anos mais confortáveis para situação e 2% nos mais apertados.
Além disso, a juventude é um importante fator de mudança. Não me refiro somente ao voto dos jovens, mas à militância dos jovens capaz de conquistar mais pessoas e de provocar a migração da situação para oposição ou o contrário. Qual dos dois nomes mais fortes tem a simpatia da juventude: Ademir ou Chicão? Está claro que os dois nomes mais cotados para concorrer ano que vem terão de rever suas estratégias para conseguir melhorar o seu desempenho.
Quem quiser ser prefeito ano que vem deve se preocupar com os 14% de abstenções ocorridas na última eleição. Em 2008 eram 11.321 aptos a votar e compareceram 9.767 sendo faltosos 1.554. É nesses eleitores que está a chance de reverter o cenário político com a vitória da oposição ou de manter o status quo. Quem terá força para isto? Acho que, na hora das convenções, essa é a questão que deverá ser posta. A situação é a que menos tem chance disso, porque é estacionária, acomodada e convencida de que ganhará fácil. Mas a oposição, que poderia lucrar mais, caminha entre uma linha perigosa entre ser inovadora ou cair no ostracismo e perder força.
Historicamente, vemos que tanto a população quanto os candidatos se decepcionaram com dados estatísticos e caem em completa euforia num momento para desiludir-se em outro. Recordo-me, muito bem, na eleição de 2008 quando se dizia que Ademir Morais teria 2.000 votos de maioria em relação ao seu opositor Francisco Seraphico (Chicão). Como erraram as projeções! A situação baixou guarda e foi surpreendida com uma diferença de 539 votos. Antes disso, o saudoso Antônio Ivo concorreu com Dr. Heuder Liberalino (Heudinho) e, seus aliados, tinham vitória quase que pelo dobro dos votos. Outro erro, oposição mostrou força e o seu desempenho foi melhor do que se dizia.
Mas, vamos relembrar os números das últimas eleições. Os dados são do próprio TSE e cada cidadão pode acessar em www.tse.jus.br:
ELEIÇÃO DE 1996
Perceba que o cenário trouxe a particularidade de haver três candidatos. O resultado foi apertadíssimo e, se tivesse havido coligação seria possível reverter o cenário em favor da oposição. Contudo, o contexto da época não permitia uma aliança com o PMDB por questões programáticas que orientavamo PT. Mas, o fato é que o principal candidato da oposição, Chicão, teve (dos votos válidos) 3.815 enquanto Dra. Rosa teve 189 e Umberto logrou 4.005 votos. Em termos percentuais foi o seguinte:
ELEIÇÃO 2000
A oposição, nesse novo contexto, está toda unida em torno de candidatura única representada por Dr. Antônio Ivo e a situação coloca o seu principal nome do momento Itó Morais. Em números absolutos:
Em termos absolutos, tivemos uma diferença entre ITÓ e ANTONIO IVO de 594 votos. Apertadíssima? Os dois nomes mais carismáticos da política santaluziense haveriam feito uma grande eleição. Diríamos que a oposição teria crescido em 2000? Não. Houve apenas um remanejamento de votos e a manutenção do velho índice. Veja o gráfico:
Tivemos eleições em 2002 em decorrência da morte do prefeito ITO Morais. Naquele ano Ademir Morais concorreu com Bivar Duda. Dada a excepcionalidade do fato, desconsideraremos na análise. Basta afirmar que a morte do Itó provocou uma modificação no arranjo político local de modo que, Antônio Ivo de Medeiros, deixa o PMDB e a condição de oposição para candidatar-se à prefeito com apoio do grupo Morais. Neste sentido, diríamos que ele passa à situação. O grupo hegemônico ganha mais um jogador forte, o carismático e querido "Biscoitão". A oposição foi aniquilada? Não. Apenas uma nova acomodação do arranjo político de modo que a oposição apresenta seu candidato, Dr. Heudinho. E assim tivemos como resultado:
Em termos da votação nominal tivemos uma maioria de 1.141 votos. Isso assusta!Seria o fim da oposição se, em termos globais e de acordo com os percentuais, essa diferença não significasse nada além de:
A última eleição, como dissemos, estava pautada por um clima de já ganhou por parte da situação. Por um lado, pelos 1.141 votos que Ivo teve de maioria e, em parte, porque a oposição demorou muito a oficializar a canditura. Porém, o resultado foi assustador para situação:
Em números absolutos, a maioria de Ademir Morais foi de 539 votos. Apertado? Veja os percentuais:
52 a 47% dos votos válidos. A eleição reproduz o índice histórico.
O que queremos com a apresentação desses números? Pretendemos desmistificar determinadas idéias como a de que a oposição está encolhendo e de que a situação tem a sua hegemonia inabalável. Não é isso que os dados dizem. O que eles dizem é que tanto os eleitores da oposição estão concentrados e inalterados como os da situação. O cenário é estacionário, como tudo em Santa Luzia, aliás. Apresento esses dados em um momento em que, para os membros da situação, o clima é o de vitória fácil de Ademir Morais ano que vem. Essa é uma antecipação perigosa.
QUAL SERÁ O DIFERENCIAL ANO QUE VEM?
O que será e o que sempre foi o diferencial, em primeiro lugar, é o comparecimento dos eleitores à votação. Não trouxemos os dados da abstenção, mas históricamente ela é alta. O candidato que for capaz de levar esse povo Às urnas será capaz de aumentar em, pelo menos, 5% a sua votação. Para oposição isso é a chance de vitória, se considerarmos que as maiorias giram em torno de 3% nos anos mais confortáveis para situação e 2% nos mais apertados.
Além disso, a juventude é um importante fator de mudança. Não me refiro somente ao voto dos jovens, mas à militância dos jovens capaz de conquistar mais pessoas e de provocar a migração da situação para oposição ou o contrário. Qual dos dois nomes mais fortes tem a simpatia da juventude: Ademir ou Chicão? Está claro que os dois nomes mais cotados para concorrer ano que vem terão de rever suas estratégias para conseguir melhorar o seu desempenho.
Quem quiser ser prefeito ano que vem deve se preocupar com os 14% de abstenções ocorridas na última eleição. Em 2008 eram 11.321 aptos a votar e compareceram 9.767 sendo faltosos 1.554. É nesses eleitores que está a chance de reverter o cenário político com a vitória da oposição ou de manter o status quo. Quem terá força para isto? Acho que, na hora das convenções, essa é a questão que deverá ser posta. A situação é a que menos tem chance disso, porque é estacionária, acomodada e convencida de que ganhará fácil. Mas a oposição, que poderia lucrar mais, caminha entre uma linha perigosa entre ser inovadora ou cair no ostracismo e perder força.
É importante e relevante suas descrições,bem como a demonstração desse cenário histórico do eleitorado do nosso município,de esclarecer como há ou não a progressão de pessoas mais esclarecida para considerar fatos relevantes dos possíveis candidatos na próxima eleição.
ResponderExcluirPARABÉNS!
Desculpa, sei que e bem verdade segundo os dados de sua pesquisa,mas acho que ta mesmo e na hora de se pensar mesmo e em fazer o jovens daqui pensar para que algum desses jovens possam criar coragem pra criar um oposição, sem querer falar mau de ninguem mas acho que aqui não tem oposição, pois os candidatos que tem capacidades de governar acabam não se candidatando a prefeito por não ter dinheiro, pois acho que deveriam era botar a kara na rua e mostar que pode assim como fez lula, os daqui não, parece terem medo ai o máximo que fazem e se coligar com gente que nao merece nem um aperto de mão...
ResponderExcluirObg. pela pesquisa...
Saiba que Adimiro muito seu trabalho
Muito obrigado Aparecida pelos seus comentários. Agradeço também ao Isaías pela interessante leitura que ele fez. Acho que você entendeu, no fundo a proposta do artigo que escrevi, que é fazer com que a oposição repense o seu papel e o PT como um partido esquerdista também precisa reencontrar o seu caminho. Agora isso se faz com muito diálogo com todos os seguimentos da sociedade. Por isso quero estimular você e todos a continuarem lendo meu blog e postando suas opiniões com a total liberdade de expressão. Vamos em frente!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuero parabenizar Zé aderivaldo pela bela exposição do tema que é pertinente e nos dá mais esclarecimento a respeito da tão falada condição e oposição da cidade Santa Luzia.Quero aqui, coroborar com a ideia de que podemos sim reverter o quadro politico de nossa cidade. Acredito que a juventude com seu poder de reflexão ,pode ajudar a tornar mais visivel a discussão que deve ser feita com relação aos dados estatitsticos e as condições de vida que Santa luzia oferece. Deixo bem claro, faço parte da OPOSIÇAÕ e posso ajudar com o processo de modilização rumo a concientização dos santaluzienses.
ResponderExcluirJosé Aderivaldo parabéns pela atitude de criar um espaço que mostra uma política aberta ao conhecimento de todos, com informes necessários para chegar à reflexão sabia de como acontece à demanda política na nossa cidade. Mas pudera vindo de você Aderivaldo não me surpreender, pois conheço sua afinidade em se tratar de políticas.
ResponderExcluirMais uma vez Parabéns pelas informações. Abraço
Zé, fiquei muito feliz em ver sua pesquisa. Vejo a necessidade de que é preciso uma nova postura política por parte desta população, vejo como saída como vc se refere a juventude, pois como protagonista de idéias e atitudes renovadas, apartir de suas formações, seja nos bancos de universidades, ou na participação de grupos que os ajudam a criar uma nova visão política, pois na nossa própria família desde a eleição passada já percebi que a juventude ajudou aos pais a ter uma nova postura política. Parabens e continue a escrever coisas como esta e que faça chegar ao maior nº de pessoas. Um abraço.
ResponderExcluirParabéns Aderivaldo pelo blog. Vejo que você está focando muito nos jovens para tentar reverter o quadro político de nossa cidade, é uma boa estratégia. Mas lembre-se que a situação também está montando uma grande equipe jovem para fortalecer o grupo cada vez mais, ou melhor, esta equipe já está montada, são jovens conhecidos, universitários, e a maioria já graduados, todos simpáticos e acolhedores, cheios de propostas e inovação de conceitos, é disso que o povo gosta, será uma disputa acirrada, a situação está bem montada e estrutura, não irá se acomodar, enquanto mais trabalho melhor. Diante da estrutura montada, acho que dessa vez, a maioria será em torno de uns 750 votos para a SITUÃÇÃO.
ResponderExcluirObg Anônimo pelo seu comentário!
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